Paranavaí

Indústrias de sucos integrais se unem para fortalecer o setor

Sucos BR quer colocar na mesa do brasileiro um produto saudável e com o preço justo

Estimular o hábito de consumo de sucos integrais, buscar apoio governamental para colocar um produto saudável e com o preço justo na mesa do brasileiro, e fortalecer a cadeia da fruticultura, que fornece a matéria-prima para os fabricantes de sucos integrais.

Estas são algumas das principais bandeiras a serem defendidas pela recém-criada Associação Brasileira das Indústrias de Suco Integral (Sucos BR), segundo seu presidente Paulo Edson Pratinha, da Sucos Prat’s: “o Brasil tem várias empresas produzindo suco integral, gerando milhares de empregos, movimentando a economia e buscando até o mercado externo. O produto é reconhecido, mas não é valorizado como deveria ser”, diz ele ao justificar a fundação da Associação.

No Brasil há dezenas de indústrias de sucos integrais, que utilizam frutas regionais e tropicais. Elas são de diversos portes. Algumas processam e envazam mais de um tipo de fruta. Os tipos de sucos integral mais comuns no Brasil são de laranja, uva e maçã.

O integral é aquele suco que não possui em sua composição nada artificial. Isto garante que, quando consumido regradamente, não causa nenhum mal à saúde, nem efeitos alérgicos a pessoas sensíveis aditivos artificiais. “No caso de obesidade, um dos grandes males deste século, também poderá ser consumido sob orientação médica sem maiores contribuições para o ganho de peso”, sublinha Pratinha.

Ele registra que “os sucos integrais extraídos e processados com alta tecnologia e sem aditivos, não só preservam as características nutricionais como garantem estabilidade durante toda a vida de prateleira”. Reforça que o produto atua como “complemento alimentar de elevada importância por manter vitaminas e sais minerais recomendadas na nutrição diária”.

Pratinha lamenta que “infelizmente” tem indústrias que estão produzindo e comercializando sucos como sendo integral, mas que não resiste a uma análise laboratorial. “Não é justo fazer isso com o consumidor, que está sendo enganado e pode ter problemas de saúde, e nem com o setor, pois trata-se de uma concorrência desleal”, diz ele, anunciando que uma das primeiras inciativas da Sucos BR será a criação de um selo de qualidade. “Mais do que denunciar fraudes queremos premiar as indústrias que atuam com respeito ao setor e ao consumidor”, explica ele.

O presidente diz que a entidade não é contra o uso de conservantes. Explica, no entanto, que “o correto é que, se usar conservante, que isso seja exposto no rótulo do produto. E que os sucos integrais e artificiais sejam apresentados de forma diferentes ao consumidor”.

DESAFIOS – Para desenvolver o selo, definir os padrões de qualidade, especialmente “o que é suco integral”, a entidade quer firmar parcerias com as universidades. “A estrutura de laboratórios no Brasil é pequena. Por isso, as universidades podem dar uma grande contribuição ao setor”, avalia o presidente.

Paralelo ao trabalho de criação do selo, a Associação vai trabalhar para agregar novas indústrias à entidade. A intenção é criar um ambiente amistoso no setor. “A concorrência é salutar e deve ser estimulada. Mas temos alguns problemas comuns que, para solucioná-los, precisamos estar unidos”, enfatiza.

É o caso da carga tributária. Pratinha aponta que justamente um setor que “não causa qualquer custo ao SUS por produzir e comercializar um produto saudável”, tem um “pesado fardo tributário”.

Enfatiza que produzir um produto de qualidade e natural fica mais caro, porque o suco integral é a fruta pura. “Um processo que demanda mais e adequada tecnologia, rigorosos controles e análises laboratoriais, para garantir que só se consuma a fruta em sua essência”, diz ele. Além disso as indústrias utilizam frutas selecionadas e com manejos especiais: “só que acabamos penalizados por isso, porque nos supermercados os produtos são apresentados na mesma gôndola como se só a marca fosse diferença”.

Também está como prioridade da entidade buscar o apoio do Ministério da Agricultura (MAPA) para o setor. Pratinha diz que “as indústrias de suco integral querem ter o Ministério como um grande aliado”. Segundo o dirigente, o intercâmbio de informações e ideias entre a Sucos BR e o MAPA pode contribuir para a elevação da qualidade e a valorização do suco integral no mercado nacional e internacional.

A Sucos BR também vem para impulsionar as pequenas processadoras, que têm dificuldades para acessar novos mercados. “São indústrias que produzem um suco integral de alta qualidade, mas que, infelizmente, não conseguem ampliar seus mercados. A Associação vai apoiar estas pequenas fábricas também”, informa o presidente.

FUNDADORAS – A Sucos BR foi criada oficialmente no último dia 20 e reúne, por enquanto, as indústrias Macrovita (Santa Catarina), Mitto (São Paulo), Suco Prat´s e Viva Feliz (Paraná). “Já estamos em contato com várias outras indústrias que deverão se filiar já nas próximas semanas”, informa Pratinha.

A entidade é formada pelo Conselho Administrativo, que está assim composto: Presidente: Paulo Edson Pratinha Alves (Prat´s), vice-presidente, Flavio Thomaz de Aquino Meneguini (Mitto) e conselheiros, Albino Ferracini Neto (Viva Feliz) e Everton Wiggers (Macrovita).

O Conselho Fiscal tem Wellington João Cordeiro de Oliveira (Viva Feliz) na sua presidência e Edmar Wiggers (Macrovita) na vice. E a diretoria executiva está composta por Heuler Iuri Martins (diretor executivo), Patrícia Ribeiro Y Ribeiro (Diretora secretária) e José Gilberto Pratinha (diretor tesoureiro).

Colaboração Jorge Roberto

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