Paranavaí

Abril Verde: pandemia exige maior investimento em prevenção de acidentes e segurança do trabalho

Segundo o Crea-PR, cenário pandêmico deixou trabalhadores exaustos e mais vulneráveis. Na região de Paranavaí, emissões de ARTs de serviços da área reduziram 3% em 2020

Durante o mês de abril, órgãos públicos e instituições engajadas nas questões relativas aos acidentes de trabalho aderem à campanha Abril Verde, uma forma de promover a conscientização sobre a importância da segurança e da saúde do trabalhador brasileiro.

O mês foi escolhido porque o dia 28 é dedicado à memória das vítimas de acidentes e de doenças do trabalho. Em 1969, uma explosão de uma mina da cidade de Farmington, na Vírginia, Estados Unidos, matou 78 trabalhadores, caracterizando o episódio como um dos maiores e mais conhecidos acidentes trabalhistas da humanidade.

Por isso, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) apoia a campanha com o objetivo de mobilizar a sociedade para a prevenção das doenças decorrentes do trabalho, bem como valorizar a atividade dos profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho. A iniciativa é ainda mais importante no momento pandêmico.

Segundo os Engenheiros de Segurança do Trabalho ouvidos pelo Conselho a pandemia tem deixado trabalhadores exaustos, aumentando, assim, o risco de acidentes.

“Estamos no pior momento da pandemia. As pessoas estão cansadas. No ano passado, algumas pessoas ainda estavam trabalhando de casa. Atualmente, a maioria está realizando as atividades normalmente, mas totalmente esgotada psicologicamente e, o pior, com medo de ser contaminado. Isso diminui o foco do trabalhador, aumentando o risco. A pandemia trouxe malefícios na saúde física e mental”, avalia a Conselheira do Crea-PR e Engenheira de Segurança do Trabalho, Elizandra Sartori.

Apesar disso, a pandemia gerou um hábito que o trabalhador não tinha anteriormente: o uso de equipamentos de proteção individual (EPI). “Esse cenário construiu a conscientização sobre a necessidade desses equipamentos. Infelizmente, algumas pessoas ainda são resistentes quanto ao uso, apesar de obrigatório, mas podemos dizer que a cultura já foi criada e que nada será como antes”, aponta Elizandra.

Outro fator positivo foi a valorização do profissional de Engenharia de Segurança do Trabalho. Empresas, hospitais e órgãos públicos, por exemplo, tiveram que elaborar planos de segurança para minimizar riscos e gerar ambientes seguros para os trabalhadores.

Para o Engenheiro de Segurança do Trabalho e Engenheiro Eletricista, Bruno Augusto Gimenes, inspetor do Crea-PR em Paranavaí, garantir a segurança do trabalhador já era um grande desafio, mas com a pandemia este cenário ficou ainda mais desafiador. A categoria enfrentou a suspensão do governo federal na realização de alguns exames médicos e treinamentos de Segurança do Trabalho (MP 927), que fez alguns profissionais
deixarem a área. Frente a segurança do trabalho, nos setores que não foram impactados como o alimentício industrial, a procura pelos nossos serviços foi grande e com exigências extras durante o combate a Covid-19. Já os setores químicos e de eletrônica tiveram redução nas atividades. Outros segmentos, que tradicionalmente não geram demanda, como hospitais e órgãos públicos, passaram a precisar de planos de segurança
para minimizar os riscos nos ambientes de trabalho.

Fonte: Paranavaí em Destaque com informações do CREA-PR

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