Saúde

Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypt é comemorado neste domingo (19)

Neste domingo (19), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, data símbolo para enfrentamento ao mosquito que, desde 2000, é responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos de três doenças muito presentes no Brasil: a dengue, a chikungunya e o Zika vírus. Esse poderoso vetor de doenças – o Aedes aegypti – pode ser combatido. Mas, precisa da conscientização e da colaboração de todos.

Segundo o Ministério da Saúde, as ações adotadas em parcerias com secretarias estaduais e municipais de Saúde resultaram na “expressiva queda” de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro.

Em 2023, o total de “casos prováveis” da doença registrados até final de agosto estava em pouco mais de 1,5 milhão – número ligeiramente maior do que o anotado durante todo o ano de 2022, quando houve quase 1,4 milhão de registros. Em 2021, foram pouco menos de 532 mil ocorrências.

Segundo dados da Vigilância em Saúde de Paranavaí, o resultado do quarto Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRA) de 2023 apontou que os agentes de endemias inspecionaram 2.066 imóveis entre os dias 6 e 9 de novembro e o resultado foi um índice de 3,2, representando médio risco de infestação e um ritmo moderado de proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti.

Dos cinco setores inspecionados pelos agentes de endemias, um está com alto risco de infestação, apresentando índice de 4,4. É o caso do Estrato 4, que engloba as áreas do Santos Dumont, Vila Operária e Éttore Giovine. Os outros quatro setores estão todos com índices acima de 1,0 e médio risco de infestação. No Estrato 2, que engloba as regiões do Ouro Branco, Ouro Verde, Silvio Vidal e Campestre, o índice está em 3,2.

Já no Estrato 3, que engloba as regiões do São Jorge, Simone, Vista Alegre, Santa Maria, Matarazzo, Luiz Lorenzetti e Geraldo Felippe, o índice de infestação está em 2,9. E nos Estratos 1, que engloba a região do Centro e Guanabara, e Estrato 5, que engloba as regiões do Morumbi, Jardim América, Jardim das Nações, Sumaré, Distrito Industrial e Vila Paris, o índice está em 2,8.

O último Boletim da Dengue de Paranavaí mostra que desde o dia 1º de agosto de 2023 até a última quinta-feira, dia 9 de novembro de 2023, o município notificou 551 casos suspeitos de dengue. Deste total, 150 casos foram confirmados, 383 descartados e 18 casos estão suspeitos (aguardando resultado). Nenhuma morte por dengue foi confirmada no período.

Ações

O clima quente colabora para a reprodução do mosquito e para um maior número de pessoas contaminadas no país

A fim de evitar uma situação ainda pior, o governo tem adotado iniciativas como a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) que, além de ter implementado 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya, distribuiu até hoje cerca de 345 mil reações de sorologia e viabilizou 131 mil exames.

Ainda segundo o ministério, foram investidos R$ 84 milhões na compra de adulticida e larvicida para as ações de combate ao mosquito no país.

Um processo de estratificação de risco intramunicipal foi iniciado em áreas consideradas prioritárias para a implementação de novas tecnologias, como borrifação residual intradomiciliar, armadilhas disseminadoras de larvicidas e a adoção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos contendo uma bactéria que impede o desenvolvimento das doenças nos próprios insetos.

Outras medidas destacadas pelo governo foram o lançamento do painel público de dados de arboviroses; a antecipação da campanha nacional de mobilização da população; a capacitação de mais de 9,5 mil profissionais de saúde via Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Una-SUS) e de 2.196 profissionais de saúde para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses com treinamento presencial.

O Ministério da Saúde argumenta que essas medidas podem ser insuficientes sem que haja estímulo à participação comunitária para eliminação de focos dos mosquitos. “Atualmente, o combate ao vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle das arboviroses”, informou.

Sintomas

Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes: febre de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

A orientação é a de, apresentando esses sintomas, procurar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

Algumas medidas preventivas ajudam no combate à doença: evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do mosquito.

Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos.

Veja aqui algumas orientações do Ministério da Saúde.

Mosquito Aedes aegypti
Mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão dos vírus da dengue – Arquivo/Agência Brasil

Como eliminar principais tipos de criadouro do mosquito

– Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados;

– Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas;

– Guardar pneus em locais cobertos;

– Guardar garrafas com a boca virada para baixo;

– Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água;

– Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;

– Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha;

– Jogar as larvas na terra ou no chão seco;

– Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida;

– Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;

– Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;

– Guardar baldes com a boca virada para baixo;

– Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;

– Manter limpas as piscinas;

– Guardar ou jogar no lixo os objetos que podem acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos;

– Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. É importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

Como efetuar a limpeza

Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.

Edição: Kleber Sampaio

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