Paraná

Paraná prorroga toque de recolher e restrição a serviços não essenciais até quarta-feira (10)

Decisão foi anunciada nesta sexta-feira (5); a partir de 5h de quarta-feira, decreto prevê abertura de comércio, retorno das aulas em modelo híbrido, e a liberação de outros serviços.

O governo do Paraná prorrogou, nesta sexta-feira (5), as medidas restritivas para tentar conter o avanço da pandemia do coronavírus no estado.

O novo decreto vale até 5h de quarta-feira (10). Depois disso, aulas em modelo híbrido e atividades não essenciais, como o comércio, voltam a ser liberadas, com restrições. Confira as mudanças, mais abaixo.

O novo decreto foi anunciado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. O texto anterior, publicado na sexta-feira (26), tinha validade até segunda (8).

Com isso, fica prorrogado o toque de recolher das 20h às 5h, o fechamento das atividades não essenciais e a suspensão das aulas presenciais no Paraná.

Também permanece proibida a venda de bebidas alcoólicas no estado no horário do toque de recolher, conforme o anúncio.

As medidas foram tomadas por causa do aumento expressivo do número de casos de Covid-19 e em razão da alta taxa de ocupação de leitos nos hospitais de todo o estado. Nesta sexta-feira, a ocupação dos leitos de UTI para adultos, pela rede pública de saúde, é de 96%.

O que muda a partir de quarta?

 

Por uma semana, de quarta-feira (10) até 17 de março, o decreto prevê flexibilização de alguns serviços e outras mudanças. Veja os detalhes:

Serviços não essenciais, como o comércio: poderá abrir novamente, das 10h às 17h;

Aulas presenciais: escolas e universidades particulares, em modelo híbrido, podem voltar às aulas a partir de quarta-feira (10). Na rede pública, o retorno está previsto para a segunda-feira (15). A taxa de ocupação das salas de aula não pode ultrapassar 30% da capacidade;

Academias: podem voltar a atender, das 6h às 20h, de segunda à sexta-feira, com limite de 30% de ocupação;

Shoppings: podem reabrir, das 11h às 20h, de segunda à sexta-feira, com limite de 50% da capacidade;

Cinemas, eventos, museus, festas, reuniões com aglomeração, confraternizações familiares ou de empresas, reuniões: suspensas;

Atividades essenciais continuam liberadas.

Transferências de pacientes e estoque de oxigênio

O secretário de Saúde, Beto Preto, destacou que não há previsão de transferência de pacientes do Paraná para outros estados, por enquanto.

De acordo com dados da Sesa, o estado possui 858 pessoas esperando leito de UTI ou enfermaria. Beto Preto disse que estas pessoas estão recebendo atendimento.

“Os pacientes estão sendo assistidos, infelizmente esse número cresceu muito e o tempo médio de permanência destas pessoas internadas também aumentou 11%. Vamos continuar observando, o Ministério da Saúde se comprometeu a mandar mais respiradores ao Paraná, queremos ampliar os leitos”, afirmou o secretário.

Sobre a possibilidade de faltar oxigênio no estado, o secretário informou que acredita que isso não acontecerá: “Temos acompanhado a situação. Os hospitais do Paraná têm grandes contratos ou até usinas de oxigênio em suas instalações, então pode acontecer de faltar em pequenas unidades. Estamos acompanhando. Espero que, mesmo no maior pico da crise, não tenhamos falta de oxigênio no Paraná, como aconteceu no Amazonas”.

Internações

 

As medidas mais restritivas com objetivo de diminuir a circulação do vírus no estado entraram em vigor no sábado (27). Mesmo assim, o número de pessoas internadas com Covid-19 ou suspeita da doença bateu recorde por nove dias seguidos, chegando a 4 mil internações.

A fila de espera por vagas em hospitais também bateu sucessivos recordes no período. Na quinta-feira, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), 811 pessoas aguardavam leitos de UTI ou de enfermaria.

Os dados desta sexta-feira, divulgados pela Sesa, apontaram que o estado chegou a 96% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19. Em todas as macrorregiões, a ocupação das alas de UTI Covid está acima de 95%.

Beto Preto destacou que, de cada 10 pacientes que vão para a UTI, quatro morrem. “É um número dramático. Por isso vamos nos dedicar para trazer mais vacinas”, comentou.

Isolamento

 

O índice de isolamento social no estado esteve entre 34% e 35% no Paraná, de segunda (1) a quinta-feira, de acordo com o monitoramento feito com dados de geolocalização pela empresa In Loco.

A proporção é maior do que nas duas semanas anteriores ao decreto, quando o isolamento, de segunda a sexta-feira, esteve entre 29% e 31%, mas é o mesmo índice alcançado na primeira semana de fevereiro e inferior ao atingido em janeiro, quando serviços não essenciais estavam funcionando e o toque de recolher valia das 23h às 5h.

No domingo (1°), o índice de isolamento chegou a 53%, a maior marca desde 24 de janeiro.

Pandemia no estado

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta sexta-feira, o estado chegou a 667.441 casos confirmados da doença. Desde o início da pandemia, 12,1 mil pessoas morreram vítimas da doença.

Prorrogações do toque de recolher

O toque de recolher entrou em vigência no estado em 2 de dezembro. A media valeu por 15 dias, entre entre 23h e 5h. À época, o estado tinha o total de 285.837 casos confirmados e 6.188 óbitos.

A determinação foi prorrogada outras cinco vezes:

Em 17 de dezembro de 2020, quando o Paraná atingiu 7.112 óbitos e 363.373 casos confirmados da doença. A medida valeu por 10 dias.

Depois, em 28 do mesmo mês, quando o estado passou de 400 mil diagnósticos e registrou 7.671 mortes. Nesse documento, a medida não teve validade na virada de ano.

No dia 7 de janeiro deste ano, toque foi prorrogado mais uma vez, mas com mudanças. O decreto ampliou o limite de 10 para 25 pessoas nas reuniões e eventos presenciais. Nesse dia, a Sesa relatou problemas técnicos e não divulgou dados diários da Covid-19.

Em 29 de janeiro, houve nova prorrogação do toque de recolher no estado. Medida valeu por 10 dias. O boletim desse dia apontou que o Paraná estava com o total de 9.848 mortes e 539.442 casos confirmados.

No dia 10 de fevereiro, foi prorrogada a medida das 23h às 5h até o dia 28. Entretanto, no dia seguinte, o Governo do Paraná reduziu em uma hora o período do toque de recolher, ficando entre 0h e 5h.

Em 26 de fevereiro, o governo decretou o fechamento de serviços não essenciais e a ampliação do toque de recolher para o período entre 20h e 5h.

Fonte: G1 Paraná

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