Quem plantou teme que não germine. Que ainda não plantou, está esperando por melhores condições. E muitos produtores que estavamcolhendo, pararam pelas dificuldades em tirar a raiz da terra.
Esta é a situação das lavouras de mandioca na maioria das regiões do Estado, que está há 30 dias sem uma chuvae. Nem mesmo uma chuva ocorrida recentemente na região de Palotina foi suficiente mudar o cenário.
Por isso, muitas indústrias do Paraná de fécula, farinha e beiju estão se abastecendo de mandioca vinda do Estado de São Paulo. Lá o preço está mais Baixo em relação ao Paraná, compensando as despesas de transporte.
Na reunião desta sexta-feira (22) do Sindicato das Indústrias Mandioca do Paraná (SIMP), os agroindustriais pontuaram que, graças à matéria-prima vinda de São Paulo, a oferta está normal e, em alguns casos, houve até aumento. Segundo lideranças do setor, a oferta ainda não foi afetada porque, além da produção paulista, a seca estáreduzindo o teor de amido. Antes que a redução se acentue impactando diretamente o seu bolso, uma parte dos produtores tem insistindo na colheita para não desvalorizar mais a raiz.
“O que está segurando o mercado, mantendo os preços estáveis, é a produção de São Paulo, que está abastecendo as indústrias do Paraná com mandioca nova, de um ciclo. Já a mandioca doParaná, que está sendo entregue agora às indústrias, a maioria é de segundo ciclo”, diz o presidente do SIMP, João Eduardo Pasquini.Segundo ele, esta situação deve perdurar até o próximo mês. “Há uma previsão de chuvas lá pelos dias 4 e 5 de agosto. Se ela vier a situação no campo se normaliza”, aposta ele.
Fonte: colaboração Jorge Roberto
