Paranavaí

Sérgio Moro visita CCI em Paranavaí

“A gente vê todo um Brasil com problemas, mas tem todo um Brasil por aí que dá certo. Tem coisas boas acontecendo. E aqui, o Instituto Maurício Gehlen, é um exemplo”. A manifestação é do ex-juiz Sérgio Moro e foi feita depois em visita ao Centro de Convivência do Idoso (CCI), principal programa social do Instituto Maurício Gehlen (IMG). A instituição ficou dois anos com as atividades suspensas por causa da pandemia e retomou as atividades na semana passada.

Moro é pré-candidato à presidência da República pelo Podemos e visitou o CCI acompanhado do prefeito Carlos Henrique RossatoGomes (Delegado KIQ), do vereador Luís Paulo Hurtado, o Luís Paulo da Kipé e assessores.

“A gente está percorrendo o país, como pré-candidato a presidente, e a gente quer conhecer experiências que dão certo. A gente vê todo um Brasil com problemas, mas tem todo um Brasil por aí que dá certo. Tem coisas boas acontecendo. E aqui, o Instituto Maurício Gehlen, é um exemplo, tem sido realmente um destaque. Fiquei bastante impressionado de ver a felicidade das pessoas. Gostei bastante”, disse o presidenciável.

O ex-juiz foi recebido pelo presidente do IMG, o empreendedor social Maurício Gehlen, que estava acompanhado de sua esposa Márcia, a coordenadora do CCI, Beatriz Gehlen, colaboradores e pelo grupo de dança folclórica do Centro, que fez uma apresentação a ele. O pré-candidato esteve na cidade para uma reunião com prefeitos da região e, na sequência visitou o CCI.

Após percorrer as instalações do Centro, Moro disse que a visita “ foi ótima. Achei fantástico o Instituto”. E garantiu que é possível criar políticas públicas em favor da pessoa idosa. “Uma percepção que tenho é que está havendo um envelhecimento da população, a população brasileira está ficando mais idosa e um investimento num centro como esse, em que você dá atividades, permite que os idosos possam conviver, encontrar outras pessoas, ter atividades físicas, atividades intelectuais e artística, você acaba ganhando muito, economizando inclusive na saúde, com tratamentose remédio. Esse é um caminho que precisamos pensar muito seriamente, investir mais nesta área para a gente tratar a saúde dos idosos com estas prevenções, com estas atividades, que vãoeconomizar muito, inclusive para o Brasil”.

Ele acredita que a economia com investimento na prevenção é grande. Questionado se para cada real investido na prevenção economizaria-se o dobro na saúde, o ex-juiz sublinhou que a “proporção deve ser mais”, porque “quando o problema já está instalado, o tratamento é muito mais caro que o tratamento preventivo, além de trazer a felicidade para o idoso”. O presidenciável anunciou que vai pedir para seu coordenador da área de saúde Denizar Viana, entrar em contato e conhecer o modus operandi do CCI.

Moro lamentou que sua esposa Rosangela não pode participar da visita. Advogada que trabalha com o terceiro setor, como as APAEs e entidades que atuam o auxílio aos portadores de doenças raras, Rosangela Moro ainda não trabalhou com idosos. “Ela tem tradição em atender estas organizações da sociedade civil que fazem este tipo de trabalho fantástico. Com idosos ela não estava especificamente trabalhando. Pena que ela não pode vir hoje. Mas eu acredito que se ele visse isto aqui hoje ia ficar muito feliz”, arrematou.

DOCUMENTO – Após assistir duas apresentações do grupo folclórico do CCI, Sérgio Moro recebeu das mãos de Maurício Gehlen um documento no qual pediu a inclusão no programa de governo do candidato de “uma política pública efetiva de valorização do idoso, com a construção de unidades como a que implantamos em Paranavaí, para que os idosos brasileiros possam receber a atenção e o carinho merecidos”.

Justificou o pedido lembrando que a implantação do CCI “é fruto da constatação de que, relativamente às crianças, adolescentes, mulheres, dependentes químicos, gestantes e famílias de baixa renda, não há no Brasil política pública de proteção do idoso em nosso país, diferentemente, por exemplo, do Japão, onde buscamos inspiração para a implantação deste CCI. E a tendência é de piora, pois até 2.050, a população de idosos vai triplicar no Brasil. Em 2.010 nosso país tinha 19,6 milhões de idosos, cerca de 10% da população brasileira, e, em 2050, terá 66,5 milhões de pessoas, quase 30%”.

No documento entregue neste sábado (05), Gehlen lembrou que “a Organização Mundial de Saúde aponta que 74% dos óbitos no Brasil tem como causas doenças não transmissíveis, sendo 60% relacionados ao sedentarismo e ao excesso de peso. Conforme envelhecemos aumenta a chance de uma vida sedentária. A prática de exercícios físicos é recomendada para todas as idades, mas após os 60 anos passa a ser uma necessidade. Mas não é só a atividade física. Hoje se discute, em todo o mundo, formas de combater a solidão dos idosos. O Reino Unido, por exemplo, criou o Ministério da Solidão para enfrentar o problema. A solidão provoca graves problemas de saúde”.

Reforçou que exercícios físicos e alimentação saudável não são suficientes para garantir qualidade de vida e longevidade. “O que efetivamente garanteé a pessoa ter vontade de viver, ter algo que estimule, ter algo a fazer. São com estes propósitos que foram criados o CCI. Passados quase quatro anos desde a fundação deste Centro, pouca coisa – ou quase nada – mudou. Ainda não temos efetivamente uma política pública de proteção, promoção e valorização da pessoa idosa. Os idosos não têm onde ir, onde receber uma atividade física orientada, uma distração, onde se sentir útil e produtiva”, argumentou Gehlen.

O CCI destina-se ao atendimento de pessoas acima de 60 anos, oferecendo, gratuitamente, atividades físicas, recreativas, esportivas, entretenimento, oficinas de conhecimento e apoio psicológico. Tem 1.732,20 m² e possui área de convivência, salas multiuso, de culinária, academia de ginástica, piscina térmica, biblioteca com computadores, pista de caminhada e sala de jogos. Os idosos têm atividades de musculação, hidroginástica, pilates, alongamento, dança, ginástica, vôlei, yoga, culinária, informática, artesanato, caminhada, oficinas de alfabetização e memória e aulas de violão.

Fonte: Paranavaí em Destaque

Colaboração Jorge Roberto

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