A importância da comunicação nas relações interpessoais e no contexto de trabalho

De acordo com Moscovici (2009), as relações interpessoais se desenvolvem em consequência do processo de interação. Em situações de trabalho, onde duas ou mais pessoas se fazem presentes, existem atividades a serem executadas que são predeterminadas, assim como interações e sentimentos que são recomendados, como: comunicação, cooperação, respeito e amizade. Porém, conforme as atividades e interações prosseguem, surgem sentimentos que podem ser diferentes dos indicados e assim, inevitavelmente, os sentimentos irão influenciar as interações e as próprias atividades.

Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, constatam-se diferenças que envolvem conhecimentos, informações, opiniões, atitudes, experiência anterior, valores e estilo comportamental, trazendo diferenças inevitáveis de opiniões e sentimentos em relação a cada situação vivenciada. A forma com que essas diferenças são encaradas e tratadas irá determinar o relacionamento entre os membros do grupo, colegas de trabalho, superiores e subordinados.

Se no interior do grupo as opiniões são respeitadas, e as ideias são ouvidas e discutidas, estabelece-se uma modalidade de relacionamento na qual a forma de lidar com as diferenças individuais cria um modo de trabalho que influencia o grupo, os processos de comunicação, o relacionamento interpessoal, o comportamento organizacional e a produtividade (MOSCOVICI, 2009).

O que é um grupo:

Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, em geral, produzem resultados de aceitáveis a bons.

Comunicação:

É um mecanismo essencial da vida. Deve ser entendida como um processo mediador do contato entre as pessoas.

Podem ser classificadas como verbais e não verbais. A comunicação verbal é mais consciente, explicita e racional. Já a comunicação não verbal complementa, ilustra, regula, substitui e algumas vezes se opõe à verbal. São exemplos: postura, gestos, expressões faciais e movimentos do corpo.

Importância: Uma pessoa com boa competência social consegue articular de maneira coerente os significados da comunicação não verbal aos da comunicação verbal. Algumas das principais habilidades de comunicação são iniciar e encerrar conversação, fazer e responder perguntas, gratificar e elogiar, dar e receber feedback.

Qualquer atuação profissional envolve interações com outras pessoas. Raramente a competência interpessoal é relacionada com objetivos de formação profissional, ocorrendo de forma geral, de forma não sistematizada.

Embora existam ocupações em que grande parte das atividades é realizada quase que isoladamente, ainda assim há um processo complementar que depende da interação visual. Então, pode-se dizer que praticamente nenhum trabalho ocorre no isolamento social total.

Pessoas socialmente competentes contribuem na maximização de ganhos e na minimização de perdas para si e para aqueles com quem interagem.

Feedback:

Regula nossos desempenhos e os das pessoas com quem convivemos, visando relações saudáveis e satisfatórias. Não deve ser confundido como elogio ou com críticas. Feedback deve ser entendido como uma descrição verbal ou escrita sobre o desempenho de uma pessoa. É um mecanismo de regulação de desempenhos que geram determinados resultados e que é acionado em caso de desequilíbrio entre o processo (conjunto de desempenhos) e o produto (resultados).

O processo de Feedback permite a correção, manutenção e melhoria da relação processo- produto. Sem ele, o mundo seria confuso e em muitas situações as pessoas não saberiam como se comportar.

Fonte: Lilian Fernandes Lima dos Santos
CRP-PR 08/18.942

Conheça a profissional

Drª. Lilian Fernandes Lima dos Santos, Graduada em psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Com especialização em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Psicóloga clínica desde 2013, com foco em atendimento de adolescentes e adultos.
Professora universitária desde 2014.

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