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Iluminação Artificial: Temperatura de cor

O que é temperatura de cor da luz, no que ela influencia e como utilizá-la

A temperatura de cor da luz retrata a cor aparente que a luz possui em comparação a irradiada por um “corpo negro”, corpo metálico negro irradiante que quando aquecido se torna incandescente e varia sua cor devido ao aumento da temperatura que seguem do infravermelho, passa pelo espectro visível, e terminam no ultravioleta até seu ponto de fusão. Medida em escala Kelvin (K) , é traduzida como sendo de menor valor para tons âmbar ou amarelados (entre 1000K e 4000K), valores médios para tonalidades mais neutras ou branca (entre 4000K e 5000K), e valores mais altos para tonalidades mais azuladas (acima de 5000K). As temperaturas de cor mais baixas são comumente denominadas de “quentes” por serem mais amareladas, consideradas cores quentes. Já as temperaturas de cor mais altas são as “frias” por serem mais azuladas, tons que remetem ao frio. A imagem abaixo mostra as tonalidades de cor da luz para cada temperatura de cor.

Esta particularidade da luz vai muito além do que efeitos estéticos, a temperatura de cor pode influenciar no rendimento das nossas atividades diárias, no sono, e na nossa saúde. Nosso corpo é regulado pelo ciclo circadiano, ou “ritmo biológico”, o qual é afetado diretamente pela luz natural e pelo ciclo do sol. Ao amanhecer e ao entardecer a luz do sol é amarelada, essa tonalidade de luz estimula a produção de melatonina, hormônio responsável, entre outras coisas, pela regulação do sono, mostrando que o período de descanso ou acabou (pela manhã) ou se aproxima (à tarde). Ao meio dia, a luz do sol se encontra em uma tonalidade de cor branca ou azulada, o que suprime a produção da melatonina e, por consequência, deixa o organismo humano mais estimulado, aumentando nossa concentração e apurando o estado de performance nas atividades. A partir destas constatações e particularidades que influenciam o metabolismo e o cotidiano do ser humano é possível manipular a luz artificial a fim de alcançar um melhor desempenho para cada situação.

Sendo assim, luzes âmbar ou amareladas são ideais para ambientes onde o usuário é estimulado ao relaxamento, a socialização, ambientes intimistas e trazem a sensação de conforto. É ideal, por exemplo, para quartos, salas, áreas de lazer, recepções, lounges, e salões de restaurantes. Já as luzes brancas em tom neutro, são para ambientes em que as atividades necessitam de um nível de atenção moderados, como cozinhas domiciliares, instalações sanitárias, lavanderias, escritórios e home offices. Por fim, as luzes em tons frios (azulados, acima de 5000K) são indicados para espaços onde há atividades que necessitam de muita atenção, de precisão e de estado de alerta constante, como hospitais, clínicas, indústrias, drogarias e ambientes corporativos.

No entanto, quando falamos de iluminação residencial, o ideal é utilizar uma combinação das tonalidades, através da criação de cenas com circuitos diferentes, em que cada tonalidade de temperatura de cor seja utilizada para determinada atividade em que ela é necessária. Uma sala de jantar, por exemplo, geralmente é um ambiente intimista e não demanda atividades de alta precisão, sendo assim, podemos utilizar lâmpadas com temperatura de cor mais baixas em “tons quentes”. Porém, esse mesmo ambiente pode ser utilizado para estudos em determinado período do dia, demandando uma iluminação mais neutra ou fria pela maior atenção e alerta necessária, com isso, deve-se ter lâmpadas com as tonalidades citadas para exercer a atividade com acendimento independente entre elas. Ou seja, podemos ter mais de uma temperatura de cor em um ambiente, porém, cada uma é acesa separadamente e alternada de acordo com a atividade executada no momento da sua utilização.

A partir disso, podemos concluir que a temperatura de cor é um fator que influencia no cotidiano e na fisiologia humana, sendo necessário se atentar a sua utilização de acordo com as atividades exercidas no ambiente projetado para que não prejudique a produtividade e a precisão que cada uma delas demandam.

Fonte: Christian Gelati

Arquiteto e Urbanista, graduado pela UniCesumar (Centro Universitário de Maringá) em 2016; Especialista em Projeto de Interiores e Iluminação pela UniCesumar em 2019; Atualmente, arquiteto responsável pelo escritório Christian Gelati – Arquitetura e Urbanismo, localizado na Av. Martin Luther King nº 2853, em Paranavaí-PR.

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