Feedback: o que é? Como fazer?
Ouvir do outro o que se sabe verdadeiramente sobre si mesmo jamais é a mesma coisa. (A. Huxley)
De acordo com Del Prette e Del Prette (2010), dar e pedir feedback constituem habilidades essenciais para se regular os próprios desempenhos e os desempenhos das pessoas com as quais se convive, tendo como objetivo o estabelecimento de relações saudáveis e satisfatórias. O feedback pode ser entendido como uma descrição verbal ou escrita sobre o desempenho de uma pessoa, e ele não deve ser confundido com elogio ou com críticas.
Nas relações sociais, o conceito de feedback pode ser entendido como um mecanismo através do qual se regulam os desempenhos que geram determinados resultados, sendo que este mecanismo é acionado sempre que haja desequilíbrio entre o processo (conjunto de desempenhos) e o produto (resultados). O feedback torna possível corrigir, manter e melhorar essa relação processo-produto. Sem ele, tanto o mundo físico quanto o social seriam confusos e em várias situações as pessoas não saberiam como se comportar.
Apesar de ser muito comum em nossa cultura, o feedback negativo deveria ser substituído pelo positivo porque:
a) evita ressentimentos e reações defensivas;
b) dispõe a pessoa a ouvir com mais atenção as observações feitas pelo interlocutor, ampliando seu conhecimento sobre o próprio desempenho e/ou os resultados dele decorrentes;
c) motiva a pessoa a investir no aperfeiçoamento dos aspectos valorizados;
d) aumenta a probabilidade dos desempenhos valorizados voltarem a ocorrer.
A habilidade de prover feedback supõe, como requisitos, as de ouvir e prestar atenção ao comportamento do outro. Além disso, alguns componentes caracterizam a competência nessa habilidade, tais como:
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falar diretamente à pessoa à qual se dá o feedback, chamando-a pelo nome, mantendo contato visual e usando tom de voz calmo, porém audível;
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apresentá-lo o mais imediatamente possível à emissão do comportamento;
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descrever o desempenho observado ao invés de avaliá-lo;
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referir-se ao comportamento emitido no momento sem atribuí-lo como característica da pessoa;
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primar pela moderação.
As dificuldades em dar e receber feedback:
1. Encontra-se relacionada ao excesso de defensividade que revela medo da perda da autoestima e status adquiridos.
2. O feedback não deve ser utilizado como recurso punitivo nem como comunicação unilateral.
3. Entre as dificuldades para apresentar feedback estão a incapacidade de compreender as necessidades do outro, a falha em observar e/ou descrever o comportamento e a pretensão do uso do feedback como forma de exercício de poder.
Fonte: Lilian Fernandes Lima dos Santos
CRP-PR 08/18.942
Conheça a profissional
Drª. Lilian Fernandes Lima dos Santos, Graduada em psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Com especialização em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Psicóloga clínica desde 2013, com foco em atendimento de adolescentes e adultos.
Professora universitária desde 2014.
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