O que é alto estima e quais as suas atribuições?

É uma avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma, sendo positiva ou negativa. Envolve crenças auto significantes (“eu sou competente/incompetente”) e emoções (orgulho, vergonha, por exemplo).

A definição de autoestima varia muito, conforme o aporte teórico a que estamos recorrendo e tomando como base. Para a Psicanálise, por exemplo, está relacionada com o desenvolvimento do ego. A consciência de uma pessoa a respeito de si, e a vivencia do próprio valor a respeito de si. Não tem a ver apenas com aparência física. Para a Análise do Comportamento, o conhecimento sobre si tem sua origem social: o indivíduo passa a se perceber a partir do outro, ou seja, é a comunidade verbal que ensina o indivíduo a descrever seus comportamentos e manifestações corporais.

“O nosso valor próprio não pode ser avaliado pelos outros. Você vale porque assim o afirma. Você vale porque assim o afirma. Se seu valor depende dos outros, você se avalia por padrões alheios” (Wayne W. Dyer). A sociedade nos fiz “pense nos outros”, a igreja nos diz “ame o próximo”. O que ninguém lembra é da necessidade de amar-se a si mesmo.

Tem muita gente que aprendeu que amar-se a si mesmo (o que para uma criança é natural) é ser egoísta e orgulhoso. Um ambiente hostil pode levaras pessoas a se sentirem insignificantes, sem valor e ainda culpadas pois se consideram incapazes de adquirir o afeto do outro. As pessoas tendem a acreditar mais no que os outros dizem. Então, a ausência de autoconhecimento pode sinalizar alguém que acredita nas críticas que os outros lhe fazem por certos comportamentos, roupas, aparência física. Assim, a pessoa tende a observar mais (ou apenas) esses aspectos negativos, reduzindo-se a isso, podendo ficar mais inibido e inseguro.

Simultaneamente à autoestima, desenvolve-se a autoconfiança. O sentimento de autoconfiança está relacionado aos comportamentos bem sucedidos. Eles se desenvolvem ao longo da vida da pessoa. Pessoas com baixa autoconfiança emitem expressões como “eu não consigo”, “eu não sou capaz”. E tudo isso pode nos colocar em dúvida a respeito do nosso valor.

E o que isso traz de consequências? Se você não se valoriza ou não gosta de si mesmo, como vai dar amor à alguém, se você “não vale nada”? seu amor não vale nada. E se não pode dar, não pode receber. Afinal, de que vale o amor dedicado à uma pessoa que não tem valor?

Jamais confunda seu valor próprio com seu comportamento: você pode ter se comportado mal em determinada situação, mas aquele comportamento não resume o que você é. Pratique a autoaceitação: você existe, e tem seu valor. Ame seu corpo: muda o que dá, veja diferente aquilo que não muda, e principalmente, não se compare aos padrões estabelecidos. Amar-se a si mesmo significa aceitar-se como pessoa que tem valor, porque decidiu ter valor.

Fonte: Lilian Fernandes Lima dos Santos
CRP-PR 08/18.942

Conheça a profissional

Drª. Lilian Fernandes Lima dos Santos, Graduada em psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Com especialização em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Psicóloga clínica desde 2013, com foco em atendimento de adolescentes e adultos.
Professora universitária desde 2014.

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