Tendência: Design Biofílico

O Design Biofílico busca trazer ao espaço construído, atual “habitat natural” do ser humano, elementos que o reconecte à natureza. Ele tem como principal conceito a biofilia, termo vindo da biologia que se baseia na inerente atração do ser humano ao mundo natural. Através dele, a natureza é incorporada aos ambientes construídos e são projetados lugares inspiradores e restauradores que religará o homem ao meio ambiente.

Para a criação de um espaço biofílico, não basta apenas adicionar uma ou mais plantas em vasos. É necessário aproveitar os recurso advindos da natureza que nos lembre dela. A luz natural, vegetação, jardins verticais, água, texturas e materiais naturais são elementos que estão presentes nesses tipos de construção.

Uma parte importante do design biofílico não está apenas no uso de materiais e outros atributos físicos em uma ambiente. O que mais importa, como já foi dito anteriormente, é conectar os usuários do espaço com a natureza. A maneira mais eficiente de fazer isso é explorar atributos que dê a quem está no espaço uma experiência sensorial que relacione aquele ambiente a um ambiente natural. Assim, para o Design Biofílico o que mais importa são as sensações relacionadas a natureza que o ambiente transmite aos seu usuários. Dito isso, devemos basear nosso planejamento nos sentidos humanos: tato, paladar, olfato, audição e visão. Desta forma, além das características físicas do espaço possuir traços naturais, é de extrema importância que façamos uso de ventilação natural e da visualização da paisagem natural externa, quando possível.

Ao fazer a inclusão consciente da natureza nos projetos, proporcionamos ao usuário uma melhora na saúde psicológica e consequentemente na saúde e bem-estar fisiológico. Em ambientes corporativos, este tipo de design ajuda reduzir os níveis de estresse, da pressão arterial e das frequências cardíacas, e, por consequência, aumenta a produtividade.

Outra vantagem que podemos citar, é a melhoria nas características de conforto ambiental que o Design Biofílico traz aos espaços. Como ele busca utilizar o máximo de iluminação e ventilação natural, aliado a incorporação de vegetação e, em alguns casos, da água no ambiente construído, este tipo de abordagem promove uma melhor utilização de recursos energético, otimizando o uso de iluminação artificial, melhorando as condições térmicas e permitindo a resolução de problemas comuns de acústica.

Com isso, podemos concluir que o Design Biofílico, e todos os elementos que o envolvem, proporciona ao ambiente e seus usuários uma reconexão com a natureza, através de experiências sensoriais, melhorando a qualidade ambiental dos espaços construídos, proporcionando aos usuários uma conexão e um sentimento de pertencimento com o ambiente, e, consequentemente, provendo uma melhor qualidade de vida.

Fonte: Christian Gelati

Arquiteto e Urbanista, graduado pela UniCesumar (Centro Universitário
de Maringá) em 2016; Especialista em Projeto de Interiores e Iluminação pela
UniCesumar em 2019; Atualmente, arquiteto responsável pelo escritório
Christian Gelati – Arquitetura e Urbanismo, localizado na Av. Martin Luther King
nº 2853, em Paranavaí-PR.

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